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Arte

História para Ninar gente grande? ou História para Boi Dormir?

Vamos analisar a letra do samba da Mangueira: História para Ninar gente grande. Algumas partes negritamos para poder melhor analisar:

Mangueira, tira a poeira dos porões

Ô, abre alas pros teus heróis de barracões

Dos Brasil que se faz um país de Lecis, jamelões

São verde e rosa as multidões

Brasil, meu nego

Deixa eu te contar

A história que a história não conta

O avesso do mesmo lugar

Na luta é que a gente se encontra

Brasil, meu dengo

A Mangueira chegou

Com versos que o livro apagou

Desde 1500

Tem mais invasão do que descobrimento

Tem sangue retinto pisado

Atrás do herói emoldurado

Mulheres, tamoios, mulatos

Eu quero um país que não está no retrato

Brasil, o teu nome é Dandara

E a tua cara é de cariri

Não veio do céu

Nem das mãos de Isabel

A liberdade é um dragão no mar de Aracati

Salve os caboclos de julho

Quem foi de aço nos anos de chumbo

Brasil, chegou a vez

De ouvir as Marias, MahinsMarielles, malês

– Começa com um erro de português grave – DOS Brasil? Não deveria ser Dos Brasis?

– Depois um termo racista – nego. Está certo que na bandeira da Paraíba, uma bela bandeira Rubro Negra, mas, que alguns dizem ser uma bandeira de Exu, tem o termo NEGO, mas, ai é Negação, Epitácio Pessoa nega seu apoio a Washington Luiz em 1929 e expressa no vermelho o sangue paraibano e no preto o Luto contra a Politica do Café com Leite, mas sigamos.

– Com Versos que o Livro apagou, desde 1500, tem mais invasão que Descobrimento – aqui tenho de concordar com eles. A governança do país, desmerece o nosso nascimento em 22 de Abril para dar ares de Feriado a uma figura que não morreu como a história mostra e que foi criado para ser um suposto herói, mas, que na verdade queria apenas junto com os demais inconfidentes, separar Minas Gerais do resto do Brasil, para aproveitarem as riquezas do Ouro que lá os bandeirantes descobrem, tão frágil foi o movimento que bastou não fazer a Derrama para cair por terra, e nossa Descoberta, ou tomada de posse é deixada de lado. Para mim não importa o termo. 22 de abril surge o Brasil, deveria ser uma das duas datas mais importante de nossa história, a outra, nossa Liberdade definitiva da condição de colônia, apêndice de Portugal, ou o termo que queiram dar, assim vejo, Tiradentes, que fique um Feriado Mineiro apenas. Continuando…

– Brasil teu nome é Dandara – Isso significa que o Brasil é Fictício? Uma farsa? Uma invenção? Pois, até hoje, ninguém provou a existência dessa concubina do assassino escravista Zumbi dos Palmares. Apenas expressa uma suposta força das mulheres guerreiras. Mas, isso era uma verdade na África, assim como o sentido escravista de Zumbi, pois, muitas tribos africanas eram as sustentadoras de escravos para os traficantes que iam da costa africana para a americana trazendo peças negras a serem vendidas no novo mundo. Zumbi era um exemplo desses. Diferente do verdadeiro herói negro palmarino, em minha humilde visão, Ganga Zumba, que faz crescer o Quilombo, o sustenta a ponto do Administrador Colonial Fernão Carrilho, lhe oferecer um acordo, este não muito favorável em termos de terras, pois, seria trocada a localidade de Palmares, rica e prospera por terras inférteis na região de Cucaú. (ver mapa).

cucaú

– E a tua cara é de cariri, vemos no mapa a distância entre a região do Cariri no Ceará (A) e Palmares em Alagoas (B), o que mostra que rimar é mais importante que mostrar a verdadeira História e Geografia.

– Não veio do céu, nem das mãos de Isabel, a liberdade é um dragão no mar de Aracati – Aqui , nega-se a existência de uma libertação divina, como se está fazendo alusão a afrodescendentes, vemos os Orixás como deuses, e na minha novamente humilde visão, colocam essas entidades do panteão mitológico africano como seres que aprisionam, e não libertam, escravizam e não tornam seus seguidores livres, e se formos olhar pelo viés cristão, negam a liberdade dada por Jesus a todos os homens no Holocausto da cruz, o que é uma heresia, uma negação anticristã. Seguimos, nem das mãos de Isabel, aqui o racismo negro é absoluto, negam o ato da Princesa Isabel por ser ela branca, mas, uma branca que, assim como seu pai e seu avô, nunca aceitou a condição de escravismo no Brasil, e rompendo com todas as prerrogativas políticas, faz a definitiva lei de libertação, que já havia começado em 1850 com a proibição do tráfico de Escravos no Brasil, seguida da Lei do Ventre Livre e Sexagenário. Mas, o ódio racial negro não admite que uma branca e princesa tivesse dado o passo maior de exterminar totalmente no Brasil a escravidão. E, aí vem a Imbecilidade geográfica – Mar de Aracati. Mas, Aracati não fica no litoral, fica no interior do Ceará, sua ligação com o mar só pode ser vista pela ligação do rio Jaguaribe que limita a cidade e vai desaguar no Oceano, traçando uma reta vemos Aracati a coisa de dez quilômetros do mar e se seguirmos o rio como um todo da região a foz daria quase 20 quilômetros. Melhor seria se falassem de Canoa Quebrada, terra do Chico da Matilde, líder Jangadeiro e Abolicionista que levou o Ceará a ser a primeira província totalmente livre do Tráfico de Escravos quando lidera o levante que se negava a transportar escravos dos navios para terra, fazendo com isso ocorrer o fim da movimentação de escravos em 1884 no Ceará, mas, não a Libertação dos que já eram escravos o que só ocorrerá na Lei Áurea, feita pela Princesa Isabel.

–  Salve os caboclos de julho, quem foi de aço nos anos de chumbo. Aqui vemos mais uma vez a visão esquerdista falando besteira e misturando duas coisas que estão em tempos disto. Dois de julho de 1824, ano que se comemora a Independência da Bahia. Neste ponto temos de explicar que a Bahia ainda em 1821 busca se associar as Cortes de Lisboa, contraria a independência do Brasil. Desde a Conjuração Baiana, a Província da Bahia queria se separar do resto do Brasil, assim, como Minas dos Inconfidentes, diferente desta, na Bahia era a classe mais pobre que buscava a liberdade. Porém, com a Independência em 07 de setembro de 1822 e as Guerras de Independência, a Bahia toma partido de Portugal até que os Caboclos (descendentes de brancos e índios) se sublevam e vão fazer a Bahia se unir ao Império em definitivo. Mas, o que tem os Caboclos do século XIX com o período do Governo Militar pós 64? Apenas mais uma alusão esquerdista contra o governo militar e que nada tem a ver com o movimento dos Caboclos baiano. O que querem é fazer alusão ao Terrorista Guerrilheiro e comunista Marighella? Vemos como são podres essas mentes… e BURRAS, pois, Marighella é MULATO, mistura de pai Italiano e mãe Negra. Isso é fazer o Marxismo Cultural trabalhar subliminarmente.

– No ápice da letra temos – De ouvir as Marias, MahinsMarielles, malês – Marias? Temos muitas, Mahins, realmente a Mãe de Luiz Gama é uma figura a ser lembrada, Escrava alforriada, quituteira, educa uma das figuras mais expressivas de nossos lutadores contra a Escravidão no Brasil – Luís Gama, alguém que, novamente na minha mais humilde opinião, deveria ser exaltado como lutador pela liberdade dos escravos no Brasil e não o ser abjeto Zumbi. Mas, aí vem a pergunta de Um Milhão de Dólares… O que Marielle fez??? Qual foi a grande obra dela? Que luta de grande porte político? Ser Mulher? Bom, é mulher ou é lésbica? Ser negra? Mais da metade da população do Brasil tem sangue negro. Favelada? Isso não é mérito, a meu ver é demérito, pois, mostra que o Governo que sempre se coloca a favor do povo, se omite e deixa existir esses cinturões de pobreza e miséria, hoje ainda agravado com a presença do tráfico e da milícia em muitas dessas favelas/comunidades. Neste ponto eu proponho uma campanha – #DEIXEM-A-ALMA-DA-MARIELLE-DESCANSAR. Essa moça está sendo usada de forma torpe, para ser uma ícone esquerdista, isso, inclusive, por pessoas próximas, como a sua Companheira, que em minha humilde visão pode estar levando um qualquer para ficar acirrando esses ânimos, para que não se esqueçam desse proposto Mito Esquerdista, Favelada, Lésbica, Negra, Feminista, chamado Marielle. Alguém já parou para pensar como está a alma dessa criatura? Sem poder descansar em paz? Sem parar de ser obsidiada pelos vivos? Não só pela Mangueira, mas, outras Escolas de Samba, Blocos etc. O que querem? Daqui a pouco vão propor Feriado Nacional – O dia de Marielle? Coisa de maluco… Já não bastou o dia do Zumbi? Querem inventar mais historinhas.

Encerro aqui este artigo de análise sobre este confuso samba que para mim retrata muito mais um outro certo samba feito por um outro famoso alter ego, disto de minha humilde pessoa, mas, a quem tanto me inspiro e busco me espelhar – Stanislaw Ponte Preta – O Samba do Crioulo Doido.

Obrigado por lerem minhas longas e penosas linhas, mas, precisava me posicionar. Nem um nobre como eu aguenta tanta besteira junta. Mangueira para mim, hoje? Só as do terreno de Dona Dó, negra, bisneta de Escravos e avó da minha essência Primária – Luiz Gustavo.

Tenho dito.

Rio, 07 de Março de 2019

Lugus Von du Kontra – Barão de Araruta

LuGus Chrispino

Olá, sou Luiz Gustavo Chrispino, Jornalista, Historiador, Psicopedagogo, Professor de História e Geografia, Cronista e Escritor.

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