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Dia Mundial da Água: o desafio da Noruega para colocar em prática ações de combate ao lixo marinho

-Em virtude de sua proeminência sem precedentes na área de Meio Ambiente, Estudos Marítimos, Biologia Marinha e Biodiversidade, recentemente, a Noruega foi convidada, pela primeira vez, para a reunião ministerial ambiental dos países do G7.

– “Isso mostra claramente o reconhecimento internacional que a Noruega têm e que nós (noruegueses) assumimos um papel de liderança nos esforços internacionais para lidar com alguns dos desafios ambientais mais prementes que o mundo enfrenta hoje” – Afirmou o Ministro do Clima e Meio Ambiente Ola Elvestuen.

A declaração ressalta também a preocupação dos países do G7 em relação ao problema global do plástico, razão pela qual o G7 fomenta maior eficiência de recursos, redução de plásticos descartáveis ​​desnecessários e melhor design de produtos de plástico para que eles sejam adequados para reutilização e reciclagem. Os países do G7 querem uma melhor infra-estrutura para a coleta e manipulação de resíduos plásticos. Campanhas de atenção, pesquisa, inovação e limpeza de praia também estão incluídas na declaração.

Particularmente importante para a Noruega é o manejo e a pesca marinha sustentável, bem como a adaptação climática e as comunidades locais nas áreas costeiras. A Noruega tem forte experiência e expertise para contribuir quando o tema é água (mares e rios). O país assumiu um papel de liderança na luta global contra o lixo marinho e levou o assunto para a Assembléia Ambiental das Nações Unidas nos anos de 2014, 2016 e 2017. Não há dúvidas. A Noruega é ótimo exemplo para muitos países!

A Noruega tem trabalhado muito para colocar em prática ações de combate ao lixo marinho e pretende apresentar uma nova proposta de deliberação na Assembléia do Meio Ambiente da ONU esse ano.

Não é de hoje que salvar os oceanos é uma prioridade para a Noruega. No site da Embaixada Real da Noruega em Brasília consta que:

“A Noruega tem uma longa história como nação marítima, e há oportunidades consideráveis para o crescimento sustentável nas indústrias oceânicas no futuro. No entanto, há também uma grande preocupação com os problemas ambientais, como poluição e lixo marinho, mudanças climáticas e usos insustentáveis dos oceanos, como a sobrepesca. O Governo da Noruega reservará 100 milhões de coroas norueguesas para um programa de desenvolvimento para combater lixo marinho e micro-plásticos e cooperará com organizações internacionais e outros países para assegurar que o financiamento seja utilizado de forma eficaz. 

“O Governo está intensificando seus esforços para promover os interesses oceânicos da Noruega. Pretendemos tornar o uso sustentável dos oceanos em uma prioridade global “, afirmou o Ministro de Relações Exteriores da Noruega, Børge Brende.”

Conforme informação da própria Embaixada, em 2017, o Parlamento norueguês aprovou o primeiro Livro Branco sobre Oceanos: O lugar dos oceanos na política externa e de desenvolvimento da Noruega. O Livro Branco dá prioridade especial a três áreas: uso sustentável e crescimento azul, oceanos limpos e saudáveis e o papel da economia azul na política de desenvolvimento.

Em 2018 uma notícia agitou os entusiastas e protetores do Meio Ambiente e da Biodiversidade: o uso de drones para auxiliar a limpeza dos fiordes, plano aprovado pela Diretoria Portuária de Oslo. Já no mês de janeiro desse ano começou a ser anunciado com imensa euforia que graças a um empresário norueguês (Kjell Inge Røkke) cerca de cinco toneladas de plástico por dia poderão ser recolhidas do oceano. O empresário está à frente da construção (previsão para conclusão: 2021) daquele que seria o maior iate de investigação e remoção de plástico dos oceanos do mundo.

Todavia, apesar de todos os esforços para manter a água limpa e livre de lixo, a Noruega se deu conta de que se o coleguinha não se comprometer a fazer o mesmo; isto é, se os outros países não se empenharem em salvar os oceanos, seus esforços não lograrão o êxito desejado. E, por isso, hoje, a Noruega tem um grandíssimo “abacaxi” nas mãos: como eliminar o lixo dos outros?

A contaminação das águas é grave para todos. Há pelo menos 8 problemas que são causados pela água suja: febre tifóide, hepatite, cólera, febre paratifóide, disenteria, icterícia, amebíase e malária.

Nos rios, lagoas e mares, tudo o que é neles depositado ou a eles encaminhado como restos de comida, fezes, gomas de mascar,descartáveis, plásticos, latas, vidros, produtos químicos, materiais hospitalares tanto matam a vida marinha como alguns dos animais que engolem todo aquele lixo. O princípio do contágio inicia-se aí. Um peixe contaminado é o peixe que vai para nosso prato de comida. Algumas pessoas creem que uma vez o alimento indo ao fogo e sendo bem assado, frito ou cozido, toda a toxicidade é eliminada, porém, não é exatamente assim, em virtude de uma série de detalhes.

Em muitas regiões os corais já estão muito doentes e esse é outro ponto alarmante que gera um terrível desequilíbrio e até interrupção na cadeia alimentar. O meio ambiente começa a entrar em colapso e ecossistemas são destruídos. A incidência do desequilíbrio no fundo do mar seja pela questão dos corais seja pela proliferação de algas tóxicas e bactérias nocivas é um quadro completamente catastrófico para a fauna aquática e, conseqüentemente, para todos os seres: oceano doente, planeta doente.

Toneladas de lixo direcionadas às águas, nossa maior riqueza e nosso maior patrimônio, acabam por inutilizar esse recurso escasso que fica limitado à navegação.

Todos os dias, a água do planeta recebe uma avalanche de derramamentos de óleo, de petroquímicos e substâncias tóxicas como chumbo, produtos agrícolas, radioativos, substâncias sintéticas, descarga de esgoto, acidificação causada pela queima de combustíveis fósseis, e ainda elevada quantidade de tintas, plásticos, alumínios, vidros, isopores,absorventes e fraldas. Isso tudo juntamente com altos níveis de pesticidas, nitratos,arsênico e flourides deixam o mundo completamente debilitado.

O que fazer, então, para salvar ou preservar a nossa água?

Primeiramente,é preciso um trabalho de educação, já na educação de base, em um sistema harmônico entre família, escola e administração pública. A família educa, por exemplo, sobre não jogar lixo no chão; a escola, sobre como reciclar os materiais e a administração pública promovendo condições e soluções para tratamento de esgoto e lixo.

Outros fatores que urgem ser implantados são: a captação das águas das chuvas e o aumento das áreas verdes. Ambos os fatores dialogam entre si, pois quanto mais florestas, mais equilibrado o meio ambiente e o escoamento das águas é melhor facilitando a captação das águas. O risco de enchentes e deslizamentos diminui. As associações de escola, bairro e moradores podem e devem auxiliar a população fornecendo palestras de conscientização, formando cooperativas de tratamento de lixo e reciclagem bem como grupos de voluntários que atuem recolhendo o lixo especialmente em áreas litorâneas,de mangues e de córregos. É preciso estar atentos aos recursos hídricos bem como efetivar medidas e regulamentos que melhorem a gestão neste setor.

A proteção das águas é a nossa própria proteção e é nossa maior garantia de sobrevivência. De acordo com pronunciamento da ONU, estimativas são de que pelo menos oito milhões de toneladas de plástico são descartadas nos oceanos anualmente e se essa realidade perdurar em 2050 os mares terão mais plástico do que peixes.

À parte de tudo isso há mais. Das águas dos oceanos, mares e rios é possível obter a chamada energia azul, considerada a “energia do futuro”, uma energia renovável, que ainda está em estudo, mas que já é uma realidade e, muitos países, especialmente os monárquicos como a Noruega, o Canadá e a Austrália, já desenvolvem investigações, projetos e iniciativas a este respeito. A importância está em que além de mais favorável ao meio ambiente, é renovável e mais barata. Em tempos de transição energética, a energia azul é algo definitivamente promissor.


Então, no Dia Mundial da Água que tal salvar os oceanos?, Por onde começar?, Cuidando corretamente do nosso lixo!

Campanha Duna Colligere – Lixo no Lixo:

Em edição livros para a educação.


Conheça mais sobre gestão do lixo na Noruega:

Infinitum, Lindum


Ações do governo da Noruega:

Regjeringen I, Regjeringen II, Regjeringen III


Para saber mais sobre a Energia Azul (Blue Energy) acesse o site da Sociedade Eletroquímica:

The Electrochemical Society


Atualizado: 22.03.21 – 19:20 GTM

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