As verdadeiras heroínas do Brasil

É nelas que as mulheres brasileiras deveriam se inspirar!

Na Semana do Brasil, em que celebramos a Independência, quatro mulheres devem ser lembradas e servir de exemplo e modelo para todas as meninas do Brasil.

Que todos os pais e responsáveis possam estudar mais sobre elas a fim de educar suas filhas para que admirem e desejem ser como as verdadeiras heroínas do Brasil!

Leopoldina

Carolina Josefa Leopoldina Francisca Fernanda de Habsburgo-Lorena que no Brasil passou a assinar somente Leopoldina ou Maria Leopoldina. Em 1822 tornou-se Imperatriz Consorte do Império do Brasil e depois Rainha Consorte do Reino de Portugal e Algarves em 1826.

A rainha foi educada com ênfase em leitura, escrita, alemão, francês, italiano, dança, desenho, pintura, história, geografia e música; com módulo avançado em matemática, aritmética e geometria, literatura, física, latim, inglês, grego, canto e trabalhos manuais. Sua admiração estava nas áreas de ciências naturais, principalmente botânica e mineralogia. Ela colecionava plantas, flores, minerais e conchas.

Muito querida no Brasil, era chamada de “mãe dos brasileiros”, e aprendeu no Brasil a língua portuguesa com grande êxito. Ela estudava com afinco a História do Brasil e vários documentos relacionados ao país.

Leopoldina foi a maior  incentivadora da imigração, em especial a germânica: os suíços fixaram-se na região serrana do Rio de Janeiro fundando a cidade de Nova Friburgo. Depois, foi a vez dos alemães, que fundaram diversas cidades no sul do Brasil.

Deve-se a ela a criação da Bandeira do Brasil independente, com as cores das Casas Reais: o verde representando a Casa Real de Bragança, de seu esposo Dom Pedro I, e o amarelo representando a Casa Imperial de Habsburgo, de sua família.

Em 05 de novembro de 2017, o Brasil celebrou os 200 anos de sua chegada ao território brasileiro.

Leopoldina foi a primeira Imperatriz do Brasil.

As famílias podem ler um pouco mais sobre ela junto com as crianças na página Plenarinho: Leopoldina

Isabel

Isabel Cristina Leopoldina Augusta Micaela Gabriela Rafaela Gonzaga de Bourbon-Duas Sicílias e Bragança, “A Redentora”, era filha do Imperador Pedro II do Brasil e da Imperatriz Teresa Cristina das Duas Sicílias. 

A princesa estudava cerca de nove horas por dia, seis dias por semana, especialmente as áreas de literaturas, línguas, História, filosofia, astronomia, geometria, química, artes plásticas e estéticas, música, economia política, geografia e geologia. Ela era fluente em latim, francês, inglês e alemão.

Como a herdeira presuntiva do Império do Brasil, ela recebeu o título de Princesa Imperial do Brasil e atuou como regente do Império enquanto seu pai viajava pelo exterior em três ocasiões.

A Princesa Isabel assinou a importante Lei Áurea em 13 de maio de 1888, sancionada no mesmo dia, a fim de abolir imediatamente a escravidão em todo território nacional.

Certa época, ela viveu na região do Castelo dos Rothschild (França), e ao saber do acidente de um brasileiro, Alberto Santos Dumont, o pai da aviação, mandou levar almoço ao inventor brasileiro, que retribuindo a gentileza foi pessoalmente visitá-la para agradecer a cortesia. A princesa condecorou o inventor com uma medalha de ouro de São Bento, e com a mensagem:

 “Envio-lhe uma medalha de São Bento, que protege contra acidentes. Aceite-a e traga-a na sua corrente de relógio, na sua carteira ou presa ao seu pescoço. Ofereço-lhe, pensando na sua bondosa mãe, pedindo a Deus que o socorra sempre e lhe permita trabalhar para a glória da sua pátria”.

(Mensagem da Princesa Isabel que seguiu junto à medalha).

O grande compositor brasileiro Carlos Gomes (O Guarani), em 1880, começou a compor, na Itália, a ópera Lo Schiavo (O Escravo), cuja história se passava no século XVI. A obra, que levou cerca de 10 anos para ser finalizada, foi apresentada pela primeira vez, em 1889, no Rio de Janeiro, em homenagem à Princesa Isabel, com grande sucesso. Carlos Gomes escreveu a Princesa mensagem que é, hoje, considerada um documento de histórico:

“Milão, 29 de julho de 1888

Senhora, Digne-se Vossa Alteza acolher este drama, no qual um brasileiro tentou representar o nobre caráter de um indígena escravizado.

Na memorável data de 13 de maio, em prol de muitos semelhantes ao protagonista deste drama, Vossa Alteza, com ânimo gentil e patriótico, teve a glória de transmudar o cativeiro em eterna alegria da liberdade.

Assim, a palavra Escravo no Brasil, pertence simplesmente à legenda do passado.

É, pois, em sinal de profunda gratidão e homenagem que, como artista brasileiro, tenho a subida honra de dedicar este meu trabalho à Excelsa Princesa, em quem o Brasil reverencia o mesmo alto espírito, a mesma grandeza de ânimo de D. Pedro II, e eu a mesma generosa proteção que me glorio de haver recebido do Augusto Pai de Vossa Alteza Imperial.

Hoje, 29 de julho, dia em que o Brasil saúda o aniversário da Augusta Regente, levo aos pés de Vossa Alteza este Escravo, talvez tão pobre como milhares de outros, que abençoam a Vossa Alteza na mesma efusão de reconhecimento com que sou de Vossa Alteza Imperial, súdito fiel e reverente.

Antonio Carlos Gomes

A Princesa Isabel recebeu do Papa Leão XIII a condecoração Rosa de Ouro por suas ações.  

Em 19 de outubro de 2011, o pedido de beatificação e canonização da Princesa Isabel foi recebido por Dom Orani Tempesta, Cardeal Arcebispo do Rio de Janeiro.

Joana Angélica

Joana Angélica de Jesus (Joanna Angélica) foi uma religiosa (sóror) considerada a primeira heroína e mártir da Independência do Brasil. A freira da Ordem das Reformadas de Nossa Senhora da Conceição (Franciscanas Concepcionistas) foi escrivã, mestra de noviças, conselheira, vigária e, em 1815, abadessa, quando assumiu a direção do convento.

Joana Angélica lutou pela libertação da Bahia, pela independência do Brasil e morreu em uma batalha defendendo o convento.

No ano de 2001, o Convento da Lapa (Bahia) solicitou a inclusão da pesquisa de documentos comprobatórios do martírio da Madre Joana Angélica, para que se tornasse possível o processo canônico de sua beatificação. A pesquisa foi liderada pela pesquisadora Antônia da Silva Santos, em Salvador, com fundamentacao em documentos encontrados no Arquivo Público do Estado da Bahia, Arquivo da Cúria Metropolitana, Convento de Nossa Senhora da Piedade, Mosteiro de São Bento, Instituto Geográfico e Histórico da Bahia e Biblioteca Central do Estado.

Por todo Brasil ruas e avenidas carregam o nome da mártir, como a Avenida Joana Angélica em Ipanema, no Rio de Janeiro.

Em 1979, foi lançado, no Brasil, um filme baseado na história da sóror Joana Angélica. A obra foi dirigida por Walter Lima Júnior e teve o roteiro escrito por Washington Novaes.

Em 2018, Joana Angélica foi declarada Heroína da Pátria Brasileira pela Lei Federal  13.697 e teve seu nome inscrito no “Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria”, que se encontra no “Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves”, em Brasília, Distrito Federal.

Maria Quitéria

Maria Quitéria de Jesus, também conhecida como Soldado Medeiros, foi a primeira mulher a ser reconhecida militar por seu ingresso em uma unidade das Forças Armadas do Brasil e a primeira a entrar em combate pelo país, no ano de 1823, ato pelo qual ela recebeu a Imperial Ordem do Cruzeiro, condecoração oferecida pelo Imperador Dom Pedro I.

Maria Quitéria teve uma carreira militar foi impecável e é considerada heroína da Guerra da Independência do Brasil, e chamada de “ Joana d’Arc brasileira” tal foi o seu protagonismo e coragem. Sua bravura inspirou outras mulheres a se posicionarem politicamente e a lutar por seu país. 

Em 1996, Maria Quitéria, a Soldado Medeiros, recebeu a homenagem póstuma de Patrona do Quadro Complementar de Oficiais do Exército do Brasil, título conferido pelo Estado brasileiro. A sua imagem encontra-se em todos os quartéis, estabelecimentos e repartições militares da Força, por determinação ministerial.

Maria Quitéria teve seu nome inscrito no “Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria”, que se encontra no “Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves”, em Brasília, Distrito Federal.

É possível verificar informações sobre Maria Quitéria na página do Exército Brasileiro.

As famílias podem ler um pouco mais sobre ela junto com as crianças na página Plenarinho: Maria Quitéria

Informações confiáveis sobre a Família Imperial do Brasil estão disponíveis no site oficial da Casa Imperial do Brasil

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