Entretanto, Aristóteles possui obras suficiente para argumentar em seu favor, de modo que não precisamos ir longe para encontrar as respostas que procuramos e assim vislumbrar a total incoerência narrativa feita por parte dos historiadores modernos.
Vida.
Em poucas palavras, Aristóteles foi um dos – se não o – filósofos mais importantes em toda história humana. Seus escritos foram estudados por todas as épocas após sua morte, inclusive pela igreja que, independente ao paganismo em Aristóteles, viu em suas obras uma construção teológica avançada quando referido a alma humana. Por conta disto, Tomás de Aquino foi um dos principais estudiosos do nosso estagirita em questão.
Aristóteles nasceu em Estagira que na época era território da Macedônia (Hoje Grécia), era filho de um médico famoso na corte macedônica, Nicômaco, e naquela época era comum os filhos seguirem os passos do pai. Mas com sua morte, Aristóteles foi enviado a Atenas com 17 anos, onde ingressou na academia de filosofia de Platão.
Antes de retomarmos nossa principal questão, é preciso fazer nota que Aristóteles fora considerado um estrangeiro em Atenas, de modo que não possuía direito algum para dar opiniões sobre as políticas locais. Somado isto a sua genialidade, logo ele acabou por ser afastado socialmente, principalmente depois de estourado um escândalo em seu nome.
Virtude e família em Aristóteles.
Neste ponto retomamos o cerne da questão: O Preconceito imposto a Aristóteles. O estagirita possuía amigos que eram considerados quase como escravos aos olhos dos atenienses. Isto porque um deles, Hérmias, chegou a ser vendido como escravo por três vezes. Após sua morte, nosso filosofo casou-se a sobrinha e filha por criação de seu amigo, Pitia, que por sua vez era considerada quase que filha de um escravo.
Mesmo sob forte pressão em seu ciclo de conhecidos, incluindo seus amigos, Aristóteles persiste em sua união, de modo que ele passa a sofrer de duas formas, uma por ser estrangeiro e outra por estar casado com uma escrava aos olhos atenienses. Isso o isola ainda mais, porém, sua fama cresce e com ela mais e mais alunos passam a segui-lo e a respeita-lo.
Ainda em Atenas, Aristóteles encontra um meio para ser ouvido politicamente, tanto pelos cidadãos atenienses, quanto por seus líderes, este meio é a história. Não podendo emitir opiniões sobre as políticas de Atenas, o filosofo passa então a estudar historicamente as criações sociais humanas. Estudando elas, consegue então construir um diálogo com sua contemporaneidade.
Estes estudos etimológicos sobre as interações humanas foram compilados em sua obra Política que em sua época era utilizada como aula para seus alunos. Ela entra em contraste com a obra de Platão, a Republica, mas se torna tão seguida quanto a de seu antigo tutor.
Aristóteles é considerado por muitos historiadores maliciosos como um defensor da manutenção escravocrata social daquela época, bem como machista por conta de seu posicionamento em alguns escritos entre tantas outras coisas. Tais pessoas sufocam simplesmente a voz do ocidente pois Aristóteles é virtualmente influenciador de tudo o que conhecemos hoje.
Ignoram todos seus problemas pessoais que teve em vida, sem contar como foi um bom pai e um ótimo marido. O maquiavelismo narrativo permeia até as leituras de suas obras. Muito é desconsiderado para ser amplificado outros pontos que não passam de analises de natureza imparciais, ou seja, sem opinião concreta do autor, mas mesmo considerando-as parciais, ainda sim a pouco para fazer de um anacronismo, um fato.
Com Pitia, Aristóteles tem dois filhos, um rapaz chamado Nicômaco em homenagem ao pai de Aristóteles, e uma moça chamada Pitia em homenagem a sua esposa. Em testamento, Aristóteles contempla amplamente seus filhos e seus servos, pede para ser enterrado ao lado de sua esposa, Pitia, encerrando assim o início de uma grande história, pois este filosofo vive até hoje em todos nós.
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Referencias.
Aristóteles. Política. São Paulo: Edipro, 2019 14° Edição