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Literatura

Lições de sobreviventes do Holocausto podem ajudar a mitigar efeitos do confinamento na saúde mental

Além dos prejuízos econômicos, como redução da renda e o desemprego, a pandemia está causando danos psicológicos irreversíveis. De acordo com o economista José Pio Martins, reitor da Universidade Positivo e membro da Academia Paranaense de Letras, o confinamento necessário para conter o contágio da Covid-19 é uma tragédia para o relacionamento, principalmente para as crianças, que estão afastadas dos amigos. “A escola não é apenas local de alfabetização, instrução, é espaço de lazer, de relacionamento humano e social, em que a criança vai se adaptando à sociedade”, afirma.

Segundo o professor, ouvir, ler e assistir histórias de superação trazem conforto para enfrentar este período, mostrando que todos nós podemos escapar das armadilhas da nossa mente, não importam as circunstâncias. “Se alguém falar para mim que está triste e angustiado, por causa do cenário que estamos vivendo eu sugiro que procurem as histórias de Simon Gronowski e Edith Eva Eger, ambos com mais de 90 anos e sobreviventes do Holocausto”.

Simon Gronowski

O advogado Simon Gronowski toca piano na janela de casa, na Bélgica, para confortar as pessoas durante o confinamento. Ele aprendeu a tocar piano sozinho, quando adolescente, porque também estava procurando se comunicar, se conectar, antes de mais nada, com sua irmã mais velha, Ita, que faleceu em Auschwitz em 1943, aos 19 anos.

Nesse mesmo ano, Gronowski foi colocado com dezenas de outras pessoas em um vagão de gado, conhecido como “Convoy 20”, na rota mortal de Mechelen para Auschwitz. Para tentar salvar a vida do filho, a mãe de Gronowski o incentivou a pular do trem em alta velocidade, mas não o seguiu. Sua história foi retratada no livro “L’Enfant du XXe Convoi” (A Criança do 20º Trem). Segundo Pio Martins, outra obra inspiradora para tempos de confinamento é “Finalmente, liberado”, que Gronowski escreveu com Koenraad Tinel, que virou um amigo muito próximo, apesar de ter nascido em família nazista.

Perguntado por que toca piano na janela, o advogado belga respondeu que fica feliz em confortar as pessoas e, ainda: “sou muito jovem para parar”. Em um jornal belga, Gronowski escreveu: “Reduzido atualmente a uma ociosidade forçada, propício à reflexão, meu pensamento vagueia e se junta aos confinamentos que sofri há 75 anos, de 1942 a 1944, quando tinha 10-12 anos”… “Hoje podemos ficar com nossa família ou ser ajudados por ela, manter contato, podemos fazer nossas compras, estocar mantimentos, ler jornais, assistir televisão, mas aí vivíamos no terror, faltou tudo, éramos frio, fome e nossas famílias foram separadas, deslocadas”.

Edith Eva Eger

Aos 93 anos, a judia eslovaca Edith Eva Eger é doutora em Psicologia e se dedica a ajudar soldados com traumas físicos e mentais causados pela guerra. Ela e a irmã foram salvas do campo de concentração de Auschwitz aos 16 anos, onde os pais foram assassinados na câmara de gás. Pio Martins indica a leitura de dois livros de Edith Eva Eger: “A liberdade é uma escolha” que, com lições práticas e inspiradoras, revela o penoso processo de superação da autora e ajudam as pessoas a se libertarem de suas prisões mentais; e “A bailarina de Auschwitz”, que conta a história da sobrevivente do Holocausto. 

“As lições deixadas por Edith e Simon nos enchem de esperança e provam que enquanto há saúde e vida, há o que fazer”, ressalta o reitor, reforçando a importância do distanciamento social e comemorando a chegada da vacinação aos professores.

Fonte: Central Press


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Joice Ferreira

Colunista associada para o Brasil em Duna Press Jornal Magazine. Protetora independente e voluntária na causa animal.

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